sábado, 25 de abril de 2015

abril


eram tão jovens.   ainda tão jovens.  em cada dedo traziam um sonho na velocidade das palavras.   apenas palavras.   traziam em cada dedo cravos rubros,  que se perderam no tempo.   no destempo de outro tempo sem tempo.   era abril dum ano, um outro ano,do ano em que em cada dedo traziam um sonho silente.

sonhos destapados
cravos amputados
cravos em sangue
em mágoa
em raiva
abril de cores desbotado
correndo
célere em precipícios cavados, encontrados
sonhos moribundos
lunáticos - talvez.

eram potros selvagens
eram tão jovens, ainda tão jovens.


©Piedade Araújo Sol 2011-04-25
reeditado

12 comentários:

  1. Viva o 25 de Abril
    Pena que só estragaram.


    Tenha um sábado feliz
    Beijos

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Até senti aqui o cheirinho do cravo! Lindas fotos!

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  3. Great shots with fantastic colors. So beautiful, Fantastic!!

    Big kiss and sweet greetings,
    Marco

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  4. "eram potros selvagens" - tinham a gana e a audácia só permitida aos jovens. Venham mais jovens! Porque os cravos continuam a despontar, à espera de que os ergam - já não se precisa de armas.

    bj amg

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  5. Alguma da juventude desse sonho se perdeu, mas acredito que a podemos recuperar!

    Beijinhos

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  6. muito bom, poema e fotografias!

    em jeito de brincadeira: temos a revolução matizada!
    beijinho
    :)

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  7. Precisamos tanto dessa coragem, precisamos tanto dessa juventude.

    Um poema tão intenso e belo . Duas fotos marcantes.

    beijinho

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  8. No silêncio da cada dedo toda a beleza do
    Poema !
    Beijinho !

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  9. Um lamento triste, mas fotos de grande beleza. Bjs.

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  10. A vida, e o tempo, adormecendo os sonhos... brilhantemente traduzido em palavras...
    E a imagem está linda!
    Bjs
    Ana

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Não sou fotógrafa, mas, gosto de fazer arte com a fotografia. Todas as palavras e as imagens deste blogue são de minha autoria, excepto as que estão assinaladas com os devidos créditos. Não são fotos perfeitas, nem eu quero que assim sejam, porque por vezes é na imperfeição que se encontra a beleza encoberta.
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