Também conhecido como Antigo Presídio da Trafaria, é um conjunto edificado construído entre 1908 e 1909, como Presídio Militar, função que manteve até ao final da década de setenta do século XX.[1]
Contudo a ocupação deste espaço remonta ao século XVI, quando em 1565 foi aí construído, por ordem do cardeal D. Henrique I, uma casa destinada a receber os viajantes e mercadorias que chegassem por mar, e que se suspeitasse virem infetadas, ficando em quarentena antes de darem entrada na cidade de Lisboa. Era portanto um "lazareto" que era como então se designava o espaço destinado às quarentenas. A povoação da Trafaria surge assim em torno desse Lazareto. Em 1678 é erguida a Ermida de Nossa Senhora da Saúde para assistência espiritual aos quarentenários e à população que habitava no lugar que atualmente chamamos de Trafaria.
No século XVII, durante o reinado de Pedro II de Portugal é construído, junto ao Lazareto, um forte integrado na defesa marítima de Lisboa. A função de defesa militar apoiada em artilharia manteve-se até ao final do século XIX, sendo as estruturas do forte demolidas a quando das obras do novo presídio.
Durante o século XVIII foi construído um muro em torno do Lazareto, e o espaço passou a acolher presos condenados ao degredado, que aqui aguardavam embarque. Durante o século XIX, as instalações encontravam-se sobre lotadas e sem condições sanitárias adequadas às quarentenas. Em 1815 o Lazareto é então transferido para a Torre de São Sebastião (Torre Velha). A função prisional acentua-se durante o período das Invasões Francesas e da Guerra Civil, sendo utilizada pelas forças miguelistas.[2]
Após a vitória liberal o espaço do Lazareto/Presídio passa a ser utilizado com diversas funções, nomeadamente: Viveiro de plantas para a florestação das dunas entre a Trafaria e a Costa, seca de bacalhau, fábrica de adubo a partir de restos de peixe e armazém das galeotas reais.
No final do reinado de D. Manuel II, a maioria das estruturas é demolida e construído o Presídio, que após a implantação da república passa a receber presos civis principalmente acusados de crimes políticos. Durante o Estado Novo e até a Revolução de 25 de Abril de 1974, na Casa de Reclusão da Trafaria, estiveram presos vários opositores ao regime civis e militares, nomeadamente os envolvidos no Golpe das Caldas em Março de 1974. Até 1981 o Presídio manteve a sua função militar e em 2000 é adquirido pela Câmara Municipal de Almada.
↑ Por André Ramalho (30 de julho de 2018). «Presídio da Trafaria». Abandonados.pt - Lugares Abandonados em Portugal. Consultado em 27 de janeiro de 2019
↑ «📌 À descoberta do Forte-Presídio da Trafaria». OLIRAF. 17 de maio de 2017. Consultado em 27 de janeiro de 2019
Fonte: Wikipédia
NOTA: Estas fotos foram muito dificeis de fazer pois apenas consegui fotografar do lado de fora da prisão, por uma brecha entre as correntes que prendiam o portao, pois embora esteja abandonado não é permitido a entrada. Não estão prefeitas mas adorei fazer este trabalho, embora a primeira foto que aqui aparece tenha um ano de diferença para todas as outras. Espero que apreciem.Obrigada!
Muito interessante esta publicação. Adorei
ResponderEliminar:))
Hoje:- Brincando com as Palavras.
Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira.
Além da beleza dos fotogramas que, por si só já recortam uma dada realidade, a iluminação com o texto permite o observador ir além do revelado, porque o leva a capturar algo retido dentro e fora da imagem: a história.
ResponderEliminarBeijinhos,
Muito bela esta reportagem!:)
ResponderEliminarBeijos-Boa noite!
Apreciado e de que maneira! Valeu pelo esforço. Gosto deste tipo de apresentações, em especial, gostei mesmo desta!
ResponderEliminarBjs e bom fim de semana.
😉
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Queridos amigos leitores,
ResponderEliminaragradecendo sempre as vossas visitas e comentários, convidamos-vos a ler o capítulo 10 do nosso conto escrito a várias mãos "Ecos de Mentes". Hoje pela mão do Grégor Carlos Marcondes, interpretando Anabela.
Com votos de excelente fim-de-semana,
saudações literárias!
Excelente reportagem a que não falta a cor generosa da autora.
ResponderEliminarParabéns.
Bj.
Um edifício, que desconhecia por completo... e que adorei apreciar através das suas fantásticas imagens... para mais obtidas em condições tão difíceis!...
ResponderEliminarExcelente trabalho, Piedade!
Beijinhos
Ana